sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

ESPERANÇA





Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118

2 comentários:

Anônimo disse...

LINDO TEXTO MAS A MUITOS ANOS QUE NAO ENCONTRO ESSA ESPERANCA...

Gloria Diniz disse...

NÃO SOMOS, ABSOLUTAMENTE, DE PERDER O ÂNIMO PARA NOSSA RUÍNA; SOMOS DE MANTER A FÉ PARA A NOSSA SALVAÇÃO! (Hb 10,39)

A FÉ É O FUNDAMENTO DA ESPERANÇA, É UMA CERTEZA A RESPEITO DO QUE NÃO SE VÊ. (Hb 11, 1)

ORA, SEM FÉ É IMPOSSIVÉL AGRADAR A DEUS, POIS PARA SE ACHEGAR A ELE É NECESSÁRIO QUE SE CREIA PRIMEIRO QUE ELE EXISTE E QUE RECOMPENSA OS QUE O PROCURAM. (Hb11, 6)