Gente diferenciada 2
Estou chocada novamente. Recentemente pesquisei sobre a festa de 15 anos da filha de uma socialite que gastou uma fortuna e contou tudo em detalhes numa entrevista. Postei aqui. Normalmente não leio esses babados, por isso não tenho noção do que essa gente diferenciada é capaz de fazer pra aparecer.
Vejam trechos da reportagens: VEJA SP SOCIEDADE por João Batista Jr. | 18/05/2011
Conheça a rotina de Val Marchiori
7h30 — Acorda e arruma os filhos gêmeos para a escola
8h00 — Toma café da manhã com as crianças
9h30 — Treina com o personal trainer Daniel Furquim. Faz séries para fortalecer os braços, as pernas e os glúteos. (a forma física foi turbinada com uma lipo na barriga e 260 mililitros de silicone nos seios)
12h00 — Senta-se em seu salão de beleza, que fica ao lado do closet, para que o maquiador particular Duda Martins lhe prepare o cabelo e o rosto. Sai de lá com lápis escuro e sombra prata nos olhos, além de batom rosa. As madeixas ficam mais reluzentes com o efeito do baby liss. Val nunca, jamais, em hipótese alguma, lava o próprio cabelo. Duda também a acompanha em viagens, como quando vai — a bordo de seu avião King Air 350, com oito lugares, avaliado em 5 milhões de dólares — curtir o fim de semana longe de São Paulo
13h30 — Reunião com o produtor Cadu Luiz para discutir as pautas do seu quadro no Programa Amaury Jr.
14h30 — Almoço com amigos no restaurante Antiquarius. Um de seus pratos prediletos é salmão ao molho de laranja acompanhado de arroz com amêndoas
16h00 — A tarde de compras tem início na butique Versace, sua marca favorita. “É a minha cara.” Manda entregar em casa uma estola de pele de raposa na cor lilás
16h30 — Mais compras, na NK Store. Arremata um belíssimo par de brincos de rubi Jack Vartanian e um blazer acinturado da marca Azzedine Alaïa
18h00 — Visita a loja da Salvatore Ferragamo. Prova alguns lenços de seda que vieram da Itália na última semana. Mas, desta vez, sai de mãos abanando
18h30 — A peregrinação de compras termina na Dior. Cumprimenta as vendedoras uma a uma e confere os novos vestidos. Leva um modelito de tricô nas cores rosa e branco
19h00 — Descansa em casa enquanto escolhe no seu closet o vestido e as joias que vai usar no jantar. Seu maquiador já está a postos para lavar o cabelo dela, assim como maquiá-la e penteá-la
21h30 — Com vestido de seda Gucci e bolero de lã Versace, chega ao Fasano. “Ela é uma mulher exuberante e carismática”, diz Rogério Fasano
A CONTA DA JORNADA
11.500 reais — Estola lilás de pele de raposa Versace
+
49.000 reais — Brinco de rubi Jack Vartanian
+
7.500 reais — Blazer de lã Azzedine Alaïa
+
4.500 reais — Vestido rodado nas cores rosa e branco Dior
+
3.312 reais — Jantar no restaurante Fasano regado a champanhe Veuve Clicquot
=
75.812 reais (total gasto no dia 29 de abril)
Alguém que mora num apartamento avaliado em 14 milhões de reais, anda pela cidade em um carrão blindado, usa um avião para as viagens de fim de semana e pode gastar 75.000 reais numa tarde de compras não deveria ter muitos motivos para se aborrecer.
- Ela salta das tamancas (da Christian Louboutin, naturalmente), por exemplo, quando lembram que seu nome de batismo é Valdirene.
- Outra coisa que a tira do sério: ser recebida numa loja chique com uma tacinha de prosecco ou espumante nacional. “Hello, acho uma pobreza quando não me servem champanhe”, avisa, iniciando a frase com o bordão que solta a cada cinco minutos.
- O tempo, no entanto, realmente fecha quando querem esnobá-la. “Hello, a verdade é que muitas ficam com inveja porque sou mais linda, mais magra, mais rica e mais jovem do que elas.”
- a personagem em questão inaugurou uma nova categoria: a de aspirante assumida a socialite.
- Exagerando nas caras e bocas em frente à câmera, grava entrevistas no Brasil e no exterior para o quadro semanal Ícones de Luxo, do “Programa Amaury Jr.”, na RedeTV!.
- Detalhe: nessas ocasiões, banca do próprio bolso as despesas de deslocamento e estada.
- Diz que, ainda menor de idade, começou a ganhar uns trocados vendendo no esquema porta a porta os produtos da Avon. Na adolescência, virou modelo e passou um tempo na Itália. Depois de quatro anos, voltou ao Brasil para montar em sociedade com um de seus três irmãos a transportadora Valmar, em Londrina, perto de sua cidade natal.
- Dinheiro definitivamente deixou de ser um problema quando, em 2005, passou a viver com seu conterrâneo Evaldo Ulinski, dono do frigorífico Big Frango, que faturou no ano passado 1,2 bilhão de reais.
- O casal tem filhos gêmeos de 5 anos: Victor e Eike (sim, o nome foi uma homenagem ao bilionário Eike Batista). “Não somos casados no papel, pois o Evaldo ainda está em processo de divórcio com a ex”, diz ela, que contabiliza hoje em seu patrimônio uma criação de gado nelore e vários imóveis em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
- Em 2009, contratou a promoter Alicinha Cavalcanti para organizar seu aniversário de 35 anos. Os 150 convidados, parte deles desconhecida da anfitriã, beberam 130 garrafas de Veuve Clicquot Rosé e quarenta do caro vinho tinto italiano Brunello di Montalcino safra 2004. A noitada, que teve ainda um show do cantor Paulo Ricardo, custou 150.000 reais. Mas para ela valeu cada centavo. Veja o vídeo da festa
De tempos em tempos, personagens lindas e exuberantes entram na sociedade provocando certo barulho. Quando o conde Armando Alvares Penteado se casou com a dançarina francesa Annie, no início do século XX, as senhoras de sobrenomes aristocráticos daqui estranharam a forasteira. Annie resolveu estudar etiqueta e se refinou de tal maneira que passou a tomar água apenas em copo de cristal Baccarat e beber chá em xícaras de porcelana da Companhia das Índias.
Nos anos 70, outra jovem que dançava balé clássico, Yara Rossi, causou comoção na sociedade ao fisgar o empresário Roberto Baumgart, um dos donos dos shoppings Center Norte e Lar Center. Acabou vencendo a rejeição com a ajuda de muitas festas em sua mansão no Morumbi. Há pouco tempo se separou do marido, e pede uma pensão de cerca de 5 milhões de reais por ano.
Mesmo numa era como a atual, em que o dinheiro troca de mãos com mais velocidade, possibilitando a criação de novas fortunas, esse processo de aceitação social raramente é livre de sobressaltos. “As famílias antigas ainda têm muita resistência a aceitar essa turma que vem de baixo”, diz Silvio Passarelli, diretor do curso de gestão de luxo da Fundação Armando Alvares Penteado.
Na alta-roda, portanto, continuam valendo muito os critérios do berço e do sobrenome. “Val Marchiori? Nunca ouvi falar”, diz Fátima Scarpa, filha de Francisco e Patsy Scarpa, um dos casais mais finos e tradicionais da cidade. Para ela, vestir-se de grifes da cabeça aos pés é sinônimo de jequice. “A bolsa Birkin, da Hermès, acabou virando um rótulo daquelas que querem parecer chiques. O efeito é justamente o contrário.”
A socialite Ana Maria Velloso, mulher do empresário Paulo Velloso, sócio da Editora Melhoramentos, concorda. “Não basta ficar rico, é preciso herdar educação e refinamento.” Vencer essa barreira da luta de classes, às vezes, parece uma missão quase impossível. Mas, hello, quem nasceu Valdirene não entrega os pontos assim tão fácil.
2 comentários:
HELLOW !
Essa louca disse que quer ser a Evita Perón brasileira kkkk...Hellow!!
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