quinta-feira, 2 de junho de 2011

Descobertas: Leonard Cohen e Frederico Garcia Lorca

Não conheço o mundo, sorte que nasci numa bela cidade. Fora do Rio de Janeiro eu só sei o que vejo na tela. Pela internet eu viajo e conheço sonhos. Minha cultura é pouca, não sei escrever muito bem, tenho vergonha de expressar minhas opiniões. Muitas vezes nem opinião eu tenho, pois não sei bem em quem acreditar.
Agora estou percebendo que eu posso dizer o que penso, com liberdade poética, acho que é isso. Errar mais não deixar de registrar as minhas descobertas. É o que tenho feito nesse blog, coleciono descobertas. Ainda vou aprender a colocar a vírgula no lugar certo, embora nesse meio século de vida minha luta tenha sido em vão.

Hoje recebi uma "mention", no Twitter, da Celina Dutra minha mais recente amiga virtual.




Eu já tinha ouvido falar de Garcia Lorca, mais nunca tinha lido nada que ele escreveu. Adorei o cantor, Leonard Cohen, mas nunca tinha ouvido falar dele. Ou seja, no meu arquivo celebral, que se chama cultura, eu não lembrava de ter registrado nada sobre esses grandes artista. Fui pesquisar e arquivar aqui pois não estou confiando muito nesse meu HD celebral.

No blog do jornalista Alexandre Marinho encontrei um texto emocionante que me apresentou quem é Leonard Cohen. Sobre Garcia Lorca, encontrei um resumo de sua vida no blog da Ana Marly Jacobina.
Vou copiar na íntegra ambos os textos. Fica uma postagem extensa mais completa. Afinal espaço é o que não falta e eu estou fazendo por mim, embora possa servir para outros que como eu estão pesquisando sobre o assunto.



OS CAMINHOS ATÉ LEONARD COHEN



Estrasburgo: uma das mais belas cidades da França

A bordo de um trem TGV francês, vejo passarem pela janela as belas paisagens da Alsácia. Estou a caminho de Estrasburgo, cidade sede do Parlamento Europeu, quase fronteira com a Alemanha. O trem é veloz, o dia está bonito, ligeiramente nublado, mas é impossível evitar uma certa ansiedade. É manhã de sábado, véspera de realizar um antigo desejo: estar na platéia de um concerto de Leonard Cohen, um personagem quase lendário entre minhas admirações musicais.


Na bagagem, uma camisa de malha preta, em que mandei imprimir a frase “From Brazil to see Leonard Cohen in Strasbourg”, e dois ingressos, comprados quase por impulso, em 11 de fevereiro, pela internet. Naquela noite, soube pelo site “Leonard Cohen Files”, desenvolvido na Finlândia, maior fonte de informações sobre o compositor canadense, que os shows previstos para os primeiros meses deste ano haviam sido adiados para o segundo semestre. Por causa de dores na coluna, Cohen deveria se submeter a seis meses de fisioterapia. O adiamento me soou como um convite. Eu teria tempo de planejar a viagem. Com um simples clique no mouse, garanti meu lugar e tornei próximo um sonho distante.



O ticket: sete meses de espera


Na viagem de duas horas entre Reims e Estrasburgo, penso em Leonard Cohen, suas histórias e lendas. Nascido em Montreal em 1934, Leonard dedicou-se à poesia desde muito jovem, para desespero de sua família, de origem judaica, que o pretendia um brilhante homem de negócios. Por não obter renda suficiente com os vários livros que publicou, decidiu fazer da música um veículo para seus belos e sensíveis poemas, e assim atingir um público maior. Passo a passo, chegou em 1968 ao primeiro disco, batizado apenas de Songs, ou canções. Tinha 34 anos quando estreou no mercado musical.

Hoje, é um dos últimos grandes ídolos que, surgidos nos anos 60, deram à música jovem um status que jamais tivera. Os Beatles, Bob Dylan, Lou Reed, Pink Floyd, Bob Marley e uma lista significativa de artistas transformaram um divertimento de adolescentes em veículo de reflexão, que propôs novos comportamentos e reinventou o mundo. A diferença entre Leonard Cohen e todos os outros é que Cohen começou apenas como poeta – como se fosse pouco.

Eu havia conhecido Cohen com enorme atraso, na década de 80, quando um amigo, o jornalista João Alberto Ferreira, me deu um extraordinário presente de aniversário, o vinil I´m your man. A música título é uma de suas obras clássicas, mas o que me pegou pelo coração naquele álbum irretocável foi uma canção construída sobre um poema de Federico Garcia Lorca, Take this waltz, ou Pequena valsa vienense, título do poema original.

Ao fundo, o Zenith


Com esse álbum, Cohen começava a confrontar um mundo em desintegração, segundo sua própria leitura, o que se evidenciava na canção First we take Manhattan. O choque total veio no álbum seguinte, The future, em que sentenciava, logo na primeira faixa: “Prepare-se para o futuro, ele é assassino.” A poesia de Cohen sempre abordou os conflitos humanos e sociais e a inútil busca da salvação, seja pelo amor, pelo sexo ou pelos caminhos religiosos. Mas parecia, com esse disco, ter chegado a um impasse. Logo em seguida, Cohen saiu de cena, e desapareceu por mais de 10 anos.

Desde 1993, Leonard Cohen não se apresentava em público. Passou cinco anos recluso no mosteiro budista de Mont Baldy, nos arredores de Los Angeles. Mas reapareceu em 2001, quando lançou o CD Ten new songs, em parceria com a cantora e compositora Sharon Robinson. Para Cohen, é um álbum de celebração. Talvez a redenção que foi buscar no mosteiro, onde escreveu as letras das canções.




Doze mil fiéis súditos de Cohen



A turnê mundial iniciada em 2008 é uma megaprodução, com uma superbanda, formada não apenas por artistas contratados para acompanhá-lo, mas músicos que são, acima de tudo, súditos a serviço de seu mestre. Esse grupo harmonioso tem se apresentado em espaços de alto prestígio, sempre lotados. O Zenith de Estrasburgo, por fora, parece um ginásio de esportes. Por dentro, é uma casa de espetáculos de alto nível, com uma acústica inimaginável para os padrões brasileiros. Tem precisamente 12.079 lugares. Estava totalmente tomado por pessoas que foram não apenas ouvir Cohen, mas reverenciá-lo.

Eu e meu amigo inglês


Um público enorme, mas nenhum sinal de tumulto, nenhuma fila, nenhum estresse. Uma hora antes, os portões estão abertos, as pessoas aos poucos vão tomando o hall que cerca as entradas da platéia. Há alguns bares e quiosques onde são vendidos CDs, livros e camisetas. Minha camisa de brasileiro exótico chama a atenção. Algumas garotas pedem para tirar fotos comigo. Já na platéia, eu e minha esposa, Nádia, explicamos a um grupo de ingleses que Leonard Cohen nunca esteve no Brasil, onde tem um público sofisticado e reverente, mas supostamente pequeno.

O concerto vai começar. Os músicos assumem seus lugares e tocam os primeiros acordes de Dance me to the end of love. Vemos apenas seus perfis, no palco em penumbra. Então, a intensidade da luz aumenta e Cohen entra correndo, com um largo sorriso. Traja um terno bem cortado e o mesmo chapéu que o acompanha nos últimos anos. Está a dois dias de completar 76 anos. Quando sua voz inconfundivelmente grave se projeta e hipnotiza o público, sinto que vivo um momento especial. Aquelas horas vividas ali na platéia do Zenith ficarão congeladas no tempo.

Cohen, com as Webb Sisters ao fundo: emoção


As canções mais emblemáticas de Cohen, que tive o privilégio de ouvir como se ele as cantasse para mim, fizeram de seus discos verdadeiras obras primas. Suzanne, Famous blue raincoat, Sisters of mercy, Hallelujah são algumas delas. Bird on the wire é uma espécie de projeto de vida de Leonard. “Como um pássaro no fio, como um bêbado numa cantoria noturna, vou buscando meu jeito de ser livre”, diz a letra. Cohen cita um conhecido verso dos Beatles antes de cantá-la: “Dizem que tudo que precisamos é amor, mas penso que é liberdade”, diz ele. Nessas alturas, já está difícil conter as lágrimas.

Cohen disse certa vez ao jornalista Mikal Gilmore, da revista Rolling Stone, que encontrou na arte conforto e força – “ao fazer canções, muito da dor da minha vida se dissolvia.” É este Leonard Cohen que vemos ao longo de quase três horas de concerto, cantando de olhos fechados, muitas vezes de joelhos, prestando total reverência a cada palavra com que construiu seus poemas e às belas melodias com que os vestiu. Creio que aqui reside minha maior identificação com Leonard Cohen, a crença de que a poesia é a cura para os males da vida.

A música a serviço da poesia


Cohen canta em estado de êxtase, trocando reverências com os músicos, que parecem tão deslumbrados quanto o público. Ao apresentá-los – o produtor musical e baixista Roscoe Beck, o tecladista Neil Larsen, os guitarristas Javier Mas e Bob Metzger, o baterista Rafael Gayol, o saxofonista Dino Soldo e as vocalistas Hattie e Charley, as Webb Sisters – Cohen compõe um poema para cada um. Quando um deles apresenta um solo, Cohen tira o chapéu, segura-o junto ao peito e ouve atentamente.

A maior parte deles trabalha com Cohen há décadas. “Podemos jogar pela janela tudo que sabemos sobre música, porque o importante é interpretar as letras de Leonard”, afirma Metzger, no documentário Songs from the road, recém-lançado. O espírito da turnê é revelado pelo produtor Rob Hallett: “Não estamos tentando vender nada, nem quebrar recordes... apenas promover encontros entre Cohen e seus fãs.”

“Não sei quando voltaremos, mas estejam certos que eu e os músicos damos o melhor de nós”, diz Leonard. Os dois telões, ao lado do palco, mostram closes dele e dos músicos, e todas as canções são legendadas em francês. A música mais aplaudida, The partisan, fala de um personagem da resistência francesa, formada por civis que tentavam sabotar a dominação alemã durante a segunda guerra mundial.

Leonard Cohen, canções para sempre na memória

Iniciado às 20h20, o concerto só termina às 23h30. No bis, Cohen canta mais seis canções, até que o público se acalma e cessa de chamá-lo de volta. Uma dessas canções – If it be your will – ele apenas declama, passando a tarefa de cantar para as vocalistas Webb Sisters. Outro momento de emoção. Cohen tira novamente o chapéu e fecha os olhos. No final, entrega a elas um buquê de flores que alguém colocou no palco. Cohen é o mesmo cavalheiro cortês de sempre, agora de cabelos grisalhos e rosto vincado. O tempo passa e o concerto chega ao fim, mas as canções permanecem no ouvido, no cérebro, no coração. Dou uma última olhada para o palco, já vazio, antes de sair. Eu sei que, sempre que ouvir de novo aquelas canções, estarei de volta a Estrasburgo.



Esta crônica foi publicada no Correio Braziliense, Caderno Pensar, em 23/10/2010

por ALEXANDRE MARINO em 24.10.10

Leia mais: http://www.alexandremarino.com/2010/10/os-caminhos-ate-o-mestre.html#ixzz1OAUPAknE




SEGUNDA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2009

Gabriel García Lorca é fuzilado na Espanha!



1936: García Lorca é fuzilado na Espanha (enviado por Richard Mathenhauer coordenador do Sarau Literário de Rio das Pedras)

No dia 19 de agosto de 1936, o poeta espanhol Frederico García Lorca foi fuzilado à queima-roupa por fascistas espanhóis.
Embora gostasse imensamente de viajar, o escritor espanhol Federico García Lorca nunca cortou os vínculos com sua terra natal, a "sua" Granada, de onde sempre sentia saudades quando estava longe. Lorca apreciava o passado glorioso da cidade.
Acima de tudo fascinava o poeta o período dos mouros, que deixaram na cidade a Alhambra, uma das edificações mais preciosas da história da arquitetura. "Ele se considerava um herdeiro de Boabdil, um dos últimos governantes mouros da cidade", diz Luís García Montero, o mais conhecido poeta e professor de Literatura de Granada hoje.
Apesar disso, a relação de Lorca com a cidade era ambígua. "Ele se sentia muito bem aqui, onde morava sua família. Naquela época Granada era um centro cultural muito importante, mas Lorca temia também os defeitos da cidade", diz García Montero. Lorca desprezava a classe alta reacionária de Granada.
Em julho de 1936, na última entrevista que concedeu, publicada pelo jornal El Sol, ele dizia que na cidade vivia "a pior burguesia de toda a Espanha". Essa declaração causou a ira dos fascistas locais, uma vez que Lorca já era então odiado por seu entusiasmo pela república e por seu homossexualismo.


Período crucial em Madri


A própria família do escritor era uma das mais ricas de Granada. Federico nasceu no dia 5 de junho de 1898 em Fuentevaqueros, um povoado na planície fértil aos pés da Serra Nevada, nas proximidades de Granada. Seu pai era um latifundiário.
No entanto, a família não era adepta dos costumes da classe abastada da época, que se comportava como verdadeiros senhores feudais. Os Lorca eram liberais e avessos à Igreja. A irmã de Federico, Concepción, se casou com o prefeito socialista Manuel Fernandéz Montesino, que foi mais tarde também executado pelos fascistas.
Lorca recebeu uma formação educacional exemplar. Ainda pequeno, já era notável sua aptidão para as artes. Ele era um orador eloqüente, além de demonstrar habilidades para a pintura e a música. Depois de iniciar seus estudos de Direito, Filosofia e Letras em Granada, ele se mudou para Madri.
No lendário alojamento de estudantes – a Residencia de Estudiantes – conheceu os artistas mais importantes de seu tempo. Fez amizade com Salvador Dalí, Manuel de Falla e Rafael Alberti, com o poeta Antonio Machado, com Pablo Picasso e muitos outros.
Drama e poesia
Lorca pertence à chamada"geração dos poetas de 1927" (Aleixandre, Cernuda, Guillén, Salinas, Unamuno), que popularizou a lírica espanhola em todo o mundo. Em Madri, escreveu suas primeiras grandes obras literárias.
Em 1928, publicou o Romanceiro Cigano, seu trabalho de maior sucesso. Nos anos seguintes, Lorca passaria a ser conhecido como renovador do drama no país com a publicação de Mariana Pineda (1928), Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1933-1936).
Em 1929, fez uma viagem aos Estados Unidos, onde escreveu O Poeta de Nova York, um livro muito apreciado. No entanto, não se sentindo à vontade na metrópole agitada e barulhenta, opta por uma vida mais retirada em Cuba no ano de 1930, retornando a seguir à sua terra natal. A Espanha, naquele momento, vivenciava uma ruptura política. No dia 14 de abril de 1931, era proclamada a Segunda República.

Em defesa das mulheres

Lorca defendia os ideais republicanos. Como diretor, viajou com o teatro ambulante La Barraca pelo interior do país, a fim de levar cultura e informação para o povo. Sem ser filiado a qualquer partido, tinha amigos entre as duas correntes políticas da Espanha em meados dos anos 1930. E se posicionava claramente contra as relações feudais comuns na Granada da primeira metade do século 20.
Lorca assumia, acima de tudo, a defesa das mulheres. Com suas peças em prol da autoafirmação feminina, tocava no zeitgeist. Suas obras são dominadas por personagens femininas, que se voltam contra a moral vigente e são capazes de morrer por seus ideais.
A morte está presente em toda a sua obra. As últimas frases em A Casa de Bernarda Alba parecem o prenúncio sinistro da tragédia que estava por vir: "Nenhum lamento. É preciso olhar a morte de frente. Lágrimas, só quando você estiver sozinho! Todos nós mergulhamos num mar de lágrimas. Silêncio. Silêncio".


Federico García Lorca foi fuzilado por fascistas no dia 19 de agosto de 1936, numa estrada nas proximidades de Viznar.



Redator(a):Steffen Leidel (sv)
© Deutsche Welle




Palácio de Alhambra, situado numa encosta em Granada, é o Palácio da Andaluzia mais bem conservado. Embora tivesse sido começado em 1230, só dois séculos depois foi concluído.Alhambra significa vermelho, provavelmente uma alusão à cor dos tijolos que formam suas paredes. É um complexo de palácios, jardins e fontes.



FEDERICO GARCÍA LORCA

Ana Marly de Oliveira Jacobino


Eu pronuncio teu nome,
retalho florido da minha poesia.
Itinerante poeta dos meus sonhos
ora tão distante, ora tão perto,
ouço no seu murmurar ainda que distante
o meu nome em tua palavra escrita.

Choro pela morte.
Choro pelo poeta morto.

Salta do meu ventre dor e lamento,
repugna neste versejar o tirano!
Louco ditador em sua fúria demente
lava com sangue, mata a voz temerária do poeta
gela o dia frustra a paixão, resseca o amor.
Mata os frutos revela as iniqüidades.

Choro pela morte.
Choro pelo poeta morto.

Vespas rubras rasgam o ventre da terra,
coberta pelo sangue do injustiçado!
Soluçam as viúvas em sonhos
o vento devora as pétalas do cravo
a caneta cai da mão adormecida.
O estalo implode a alma.

Choro pela morte.
Choro pelo poeta morto.
Choro pelo seu assassinato.



Poema V
Hilda Hilst

A FEDERICO GARCÍA LORCA

(no dia 19 de agosto de 1936, o poeta espanhol Federico García Lorca foi fuzilado à queima-roupa por fascistas espanhóis).


Companheiro, morto desassombrado, rosácea ensolarada
quem senão eu, te cantará primeiro. Quem senão eu
pontilhada de chagas, eu que tanto te amei, eu
que bebi na tua boca a fúria de umas águas
eu, que mastiguei tuas conquistas e que depois chorei
porque dizias: “amor de mis entrañas, viva muerte”.
Ah! Se soubesses como ficou difícil a Poesia.
Triste garganta o nosso tempo, TRISTE TRISTE.
E mais um tempo, nem será lícito ao poeta ter memória
e cantar de repente: “os arados van e vên
dende a Santiago a Belén”.

Os cardos, companheiro, a aspereza, o luto
a tua morte outra vez, a nossa morte, assim o mundo:
deglutindo a palavra cada vez e cada vez mais fundo.
Que dor de te saber tão morto. Alguns dirão:
Mas se está vivo, não vês? Está vivo! Se todos o celebram
Se tu cantas! ESTÁS MORTO. Sabes por quê?

“El passado se pone
su coraza de hierro
y tapa sus oídos
con algodón del viento.
Nunca podrá arrancársele
un secreto.”

E o futuro é de sangue, de aço, de vaidade. E vermelhos
azuis, braços e amarelos hão de gritar: morte aos poetas!
Morte a todos aqueles de lúcidas artérias, tatuados
de infância, de plexo aberto, exposto aos lobos. Irmão.
Companheiro. Que dor de te saber tão morto.

"Poemas aos homens de nosso tempo”, Ed. Globo, São Paulo – 200, pág. 109.




Granada (Espanha) terra natal de Gabriel García Lorca.

Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 15 de Setembro de 2009:


ANO DA FRANÇA NO BRASIL:

Charles Perrault (o escritor dos contos de fada ou "contos da mamãe gansa"),
Charles-Pierre Baudelaire (poeta) e a participação especial de Cláudio Costa no acordeon


Postado por Blog de Ana Marly Jacobino às 11:01

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